quarta-feira, 14 de abril de 2010

O processo e eu...















"Estar no mundo
E ver o mundo em mim
Uma indagação"



Durante o processo e a primeira temporada de BE, busquei ser e estar no mundo:

- aberta para um espetáculo que não é, não está, nem estará fechado e acabado, mas sempre estará em um continum de construção.
- dançando pelos ossos.
- buscando o movimento estranho que está escondido lá dentro de mim, e deixá-lo aflorar por toda a minha pele e ossos.
- seguindo o fluxo do vento e deixando a fluidez da minha movimentação balançá-lo
- destravando partes do meu corpo, que por conta da minha história de vida criaram couraças que hoje, impedem uma movimentação mais livre.
- consciente de quem eu sou e de como meu corpo é, está e se movimenta no mundo.
- um ser que respira pelos pulmões, nariz e pele.

O que mais me foi prazeroso neste processo:

- Me sentir viva, atuante, única e com um papel significativo no processo e no mundo
- Me relacionar de forma enriquecedora com quatro pessoas (Jana, Elis, Gevinho e Kiran) durante todo o processo. Acho que a criação deste espetáculo só foi possível através da relação e do embate (não no sentido do choque, mas no sentido do encontro verdadeiro e da troca)
- Sentir que tenho uma luz interior, que quando se junta a de meus companheiros de jornada, pode ficar maior do que o palco que ocupo.
- Perceber que minha movimentação pode ter uma respiração própria e que isto pode dá-la uma fluidez e um brilho muito peculiar.

Por Patrícia Costa (intérprete/criadora)

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