terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu e Be.

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Primeira parte

Seria fácil falar de um passeio que fiz anos atrás.
É como uma experiência única falada por cientistas.
Sentir isso no corpo, os ossos, algo que explode e distancia as extremidades do centro.
Centro, palavra chave para um bom começo, tudo é orgânico, plástico.
Fantástico, coisa de outro mundo, outra galáxia. Estou nele e nos vários deles.
O acaso está presente é a sincronicidade dos fatos que me fazem estar aqui, apenas isso?
Não. É algo maior que me envolve em todo este processo, as pessoas, a proposta que a cada dia se torna um desafio maior, mas confio na força do universo assim vivo em Be.


Segunda Parte

Em contato comigo mesmo em ondas oscilatórias,
Coluna vertebral os pés iniciam, um movimento de coluna início do espetáculo, sigo o sinal ...
Densidade coreográfica tempo, espaço único, fixo. Ao sinal tento refletir interiorizar, coisas ditas durante todo o processo de Be.
Abrir os olhos, após o sino, sincope de movimentos embrionários, desencadeio possíveis formas, mas o movimento é embrionário, como uma vida que esta por vir. Sensação do devir, ser ou não ser, Be. Nada é aleatório, nada em nossa vida.
Segundo sinal, caminho para outra dimensão duas talvez, mas apenas circulo o palco, me deixo cair recolho todas as partes. Mais um sinal, diagonal.
Leve vento me faz planar deslizar será outono? Paro
A humanidade (público) observa o silêncio e agora há calor aqui dentro....verão.
Levo os pés, mas as mãos insistem em retorná-lo ao seu local, o eixo, o tudo. Sigo a coreografia, me sinto bem em estar nisto tudo.
O centro do mundo sou eu...
Meu pé sai varias vezes, apenas danço (risos).
O clima por se só nos muda muito.
E deixo sentir pelas mãos esse ar que me leva pelo denso chão me rodopiando para além
As pernas se encontram e conversam num cruzar plausível ergo-me e experimento outras formas dançantes.
Deixo cair, osso.
Meu mundo pendula aleatoriamente me deixo pendular.
Escolho o momento exato de parar subitamente.
Mergulho no mundo.
Deixo os pensamentos voarem e retornarem para a terra, pois danço algo que ao final me fortalece sinto-me bem, estive lá, estive em Be.  

Por Gervásio Braz

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